O meu método de leitura.
O Método Jean Qui Rit é oriundo de França. Apliquei-o aos meus alunos do 1.º ano em 2006/2007, com resultados surpreendentes. Fui melhorando o método introduzi a noção de ritmo, compasso, e as várias figuras musicais. Transformei o método num sistema de forte interdisciplinaridade. Um jogo de vários métodos: o global, o sintético e o analítico. Criei um método avançado de Jean Qui Rit com introdução de elementos da pauta. Trabalhamos por isso a Expressão Musical que ajuda muito na fonética e na divisão silábica, bem como na memorização do símbolo enquanto grafema e fonema. Na Matemática com a introdução de conjuntos e dos números, a noção de tempo matemático, bem como as várias operações…poderemos mesmo nas crianças atingir a décima e a centésima com a duração das várias figuras musicais. A maioria das crianças ficam com a noção muito cedo de metade do som e aprendem a dividir de forma mais fácil, introduzindo números faccionários com a noção do compasso. Simultaneamente jogamos com sons da natureza e tocamos em temas de Estudo do Meio. Hoje mais do que nunca a gestão do currículo é flexível, poderemos abordar conceitos de nível elevado em crianças de 1º ano. Além de motivador, cheio de sons e gestos é facilitador da fixação dos grafemas e dos fonemas. Mas mais importante trabalhamos TUDO! É uma verdadeira articulação de sinfonias de conhecimento. Vejam as imagens em baixo… Hoje encontro-me ainda a rebuscar conclusões para este método e a tentar enriquecê-lo. Ler não é nada mais que ligar um som a uma imagem. O canto e o ritmo estão em todas as palavras. O que liga a palavra ao símbolo é o som e dá-lhe um significado. É importante que as crianças se sintam livres e cheias de ritmo na música para começarem a ler. Tal como na leitura cada som é uma letra, cada som é uma figura musical e detentora de uma duração. Nas imagens poderemos ver uma frase começa a forma global, depois descemos ao sintético jogando com os dois sistemas o analítico e sintético. Pelo meio atiramos o método de Jean Qui Rit com gestos e ao mesmo tempo fazemos interdisciplinaridade com as várias disciplinas. Na Expressão Plástica desenham as figuras musicais. Na Música escrevem as figuras e fazem leituras rítmicas, ao mesmo tempo fazem divisões silábicas com a duração da palavra, brincam com os sons, fazendo jogos musicais… Enfim veja algumas imagens… Uma forma divertida de trabalhar não é só um método misto, mas um método elevado de Jean Qui Rit. Este senhor francês pensou em quase tudo, mas faltava este ingrediente a música de forma avançada. Com poucos materiais só as figuras musicais poderemos construir uma mente aberta, exercitada e preparada para um elevado pensamento de matemática e verdadeiros compositores musicais e o mais importante aprender a ler cantando. Não devemos ficar agarrados ao passado, somente naquilo que Qui Rit dizia, mas pegar nele e moldá-lo ao tempo actual, dar-lhe vida e alegria. O melhor método para mim é a utilização de todos os métodos no mesmo momento. Mas o melhor método é o mais seguro, aquele que cada um utiliza…Mas se utilizarmos todos os métodos teremos uma melhoria significativa.
Este tipo de desenhos podem ser facilmente substituídos por uma figura musical… Basta ligar duas colcheias num colchete e identificar cada colcheia como uma vogal. É a perfeição dos simples, mas se quisermos entrar no mundo da disciplina de Estudo do Meio então desenhamos o OUtono e os seus frutos dentro das vogais .
Já agora canta a escala musical com o piano …porque o piano pia..Pa,pe,pi,po,pu…
O gesto e a letra . Cada letrinha tem um gesto memoriza-o… Olha para a expressão facial da menina os sons abrem ou fecham, mas existe sons que saem pelo nariz (os nasais); outros dizem-se com os dentes (dentais) Poderemos comunicar sem o som das palavras, só com os gestos.
Neste espaço será fixado todo o alfabeto que formos dando está atento!!!
Trabalho com a consoante “t”/”T”:
“t” de trompete
Experimenta trabalhar o Ta,Te, ti, to, tu… com a escala de música e dizer aos meninos que é o som do nosso trompete… Tu agora és um trompete toca o ta,te… Faz intervalos musicais com as letrinhas…brinca com os sons!!!
Uma forma multidisciplinar de brincar com o trompete!!! Todas as palavras são um simples som de imagens. Imaginem o silêncio …que imagens poderíamos fazer? Só mesmo com o gesto ou um símbolo de pausa musical. Gesto e som é a nossa imagem… Não somos nada mais que uma imagem de sons. Mas o silêncio pode ser representado e tem várias durações… Só existe duas formas de representar o silêncio matematicamente, uma a música a outra a unidade da duração do tempo (horas,minutos, segundos…).
E quantas vezes temos palavras em silêncio…
O gesto anda sempre ligado à palavra …Mas a Música escreve esse silêncio. E é no silêncio que se ouve as palavras e a música. A poesia é uma das primeiras formas de escrita. Com poucas palavras e muita música nas rimas e na melodia abraçada das palavras vem mensagens com música. Tudo começa com poucas palavras e muito silêncio. O silêncio está nas palavras na própria divisão silábica. Em cada separação de palavra existe um silêncio.
E lá estão os cadernos dos alunos a reproduzir a Expressão Plástica com os desenhos das figuras musicais e a frases em Língua Portuguesa, bem como a Matemática na adição e subtração. É o mundo da interdisciplinaridade no método da leitura:
A consoante “D”/”d”…
O “D” é a nossa nota musical… a 1º notinha de música! Junta o “D” à vogal “o” e faz DÓ!
Começamos o trabalho da leitura com monossílabos equivalentes a duas colcheias e passamos para tercinas (3 colcheias) trissílabos. Fazemos a divisão silábica com os ritmos. Podemos recordar os ditongos ou até trabalhar uma espécie de quadro silábico. Na mente do aluno começa a ficar arrumado todo o material abordado. Para ajudar ao trabalho o DÓ é o rei da Família que mora no castelo que tem um portão com a clave de sol lá dentro brilha o sol, por isso o castelo chama-se Sol. Mas tem uma menina prisioneira chamada Mimi.. (chama-se assim porque chora muito! e faz Mimi! Repete! Um menino chamado Si e uma rainha gorda chamada Fá . Mas apareceu um príncipe a cavalo chamado Ré (repete sempre os sons…) . Que saltou à torre do castelo e salvou a princesa Mimi…foram viver para muito longe e tiveram uma menina muito bonita chamada Lá…canta no fim a família do Dó: do,re,mi,fa,sol,lá.si,do… Brincamos com as vogais e consoantes … Podes aproveitar para dar as 5 (cinco linhas) que constitui a pauta. Como estamos a dar os números. Depois podes dizer que o Dó é a 1º nota musical …aproveitas e dás os números ordinais. Aproveitas de forma lúdica para abordar conceitos matemáticos, musicais e um grande prazer da leitura.
Brevemente lançarei mais material…
A dedada dos alunos do 1º ano o “D” de Dedada…
Parece um método para analisar com calma e quando tiver o 1ºano trabalhar com ele. Contudo meu amigo e camarada: TENS UM QUADRO PIOR QUE O DA MINHA SALA!!!!! Não arranjas um quadro melhor? Não digo dos interactivos, mas um quadro que não pareça ter sido vítima de algo….
Caro amigo por onde tens andado?! Bons olhos te vejam! É verdade nem queiras saber o que existe nas escolas EB?! O quadro ainda é do tempo de Salazar. Hoje os políticos gastam 3 milhões e meio de euros para fazer centros escolares e lá dentro nem um agrafador tem e furador!!! Mais valia meterem tecnologia nestas escolas centenárias e aproveitá-las bem! Melhores condições!!! Mas gostam em “Godinhos e outros” querem é gastar a massa a construir através de empresas que tem gestores ex ministros. Uma vergonha! Este quadro é do tempo da guerra! Tens razão! Alguns fizeram centros escolares e estão ás moscas sem alunos.
Ando na região mais falida de Portugal, mas com melhores condições que tu, eheh. Aqui não há godinsmas há outros, eheh. Mas tens uma porcaria de quadro. Mas falta a magia dos nosso tempos de ensino no 1º ciclo ou escola primária 🙂
Este quadro é uma vergonha! Mas deixa que te diga é o melhor que temos. As autarquias pensam é nos amigos da politica. É a democracia dos amigos! Claro que esta escola Primária não tem a qualidade, rigor e exigência do passado. Apesar de métodos diferentes. Mas é devido à gestão do currículo das escolas. A escola a tempo inteiro, leva a passagem de todos os alunos. É cansativa para os alunos e professores e não tem rendimento nenhum. Colocarem os professores na escola os dias todos das 9h00 até ás 1730?! Já se sabe que a qualidade e frescura do elemento humano é diferente. Mais vale 15 minutos bem dados e a mente preparada para receber o conhecimento, que um dia inteiro de trabalho a massacrar os alunos para aprenderem. Até acho que estes horários significam violência na escola. O professor do 1º ciclo trabalha mais 8h que o do 2º e recebe o mesmo.
Meu caro amigo, parabéns.
Eu que ando aqui há anos a pregar a unicidade do conhecimento, nunca ninguém me deu ouvidos.
Pelo menos as crianças ouvem-te e tiram bom proveito.
Só é pena que elas tenham que sair para a EB23… (e mais não digo)
Não percebo porque as crianças devem seguir todas o mesmo conhecimento?! Parece que estamos numa fábrica que fabrica em serie e agora é o que acontece com estes Centros Escolares…metemos um parafuso na cabeça de cada aluno, óleo nas articulações de cada menino, um chip no cérebro, apertar os parafusos dos ouvidos e assim passa em vários setores. As crianças não podem ser formatadas! De facto é o que está a acontecer… e quando alguém faz diferente?! Anda a brincar porque não seguiu à risca o manual, avançou nas páginas. O ensino não é isso. Teremos de lutar contra esta situação. Somos todos parecidos mas muito diferentes! Podemos ensinar as mesmas coisas por caminhos diferentes e até ensinar de forma mais quantitativa e qualitativa. Levar mais e melhor aos alunos. Hoje as EB defendem-se da sociedade são verdadeiras prisões rodeadas de arame farpado! Algo está de errado no caminho que trilhamos. Há uns anos atrás não existia esta defesa?! São os professores que estão errados? A gestão das escolas? A politica? A sociedade? Não percebo o porquê desta necessidade de fazermos todos iguais? Seguir um manual à risca é o que é ser o bom professor? Seguirmos todos a mesma planificação? Então e se os alunos da minha turma quiserem falar de outros temas fora do manual? É para isso que falamos de gestão flexível do currículo.